Algumas das perguntas que Jaques-Dalcroze se faz quando começou a dar aulas no Conservatório de Genève foram:
- Porque é que a teoria musical e a notação são apresentadas como abstracções, divorciadas dos sons, do movimento e das sensações que representam?
- Há alguma forma de desenvolver a percepção e compreensão musical, em simultâneo com o treino do ‘ouvido musical’?
- Pode a mera técnica digital de um pianista ser considerada uma educação musical completa?
- Porque é que aprender piano não leva os alunos a entenderem harmonia?
- Porque é que o estudo da harmonia não leva os alunos a compreenderem os diversos estilos musicais?
- Porque é que há tantos livros sobre transposição, harmonia e contraponto escritos com uma abordagem puramente técnica? Não deveriam esses livros, em primeiro lugar, almejar o desenvolvimento da capacidade para ouvir os efeitos que eles descrevem?
- Porque é que as qualidades que de facto caracterizam um verdadeiro músico são dificilmente abordadas nas aulas de música?
- O que é que se pode fazer às aulas de música onde aos alunos é permitido tocar sem compreender, ler sem compreender, escrever o que não conseguem ouvir ou sentir?
O mais interessante, é que muitas destas perguntas continuam actuais. Muitos dos erros relacionados com o ensino da música teimam em perpetuar-se.